quinta-feira, 2 de junho de 2011

QUINTINO GUERRELHEIRO E JUSTICEIRO

Ontem estive em Ourém e fui até Garrafão do Norte, passando por Capitão Poço, sendom que Garrafão fica a 22 km de Capitão Poço. Ouvi falar a primeira vez em Garrafão na época do Quintino, Justiceiro do Guamá, e devido a sua história tinha curiosidade de conhecer garrafão, bem como Piriá.

A história de Quintino vale um bom filme, tipo Lampião dos nossos tempos. Acabei com a curiosidade, mas toda vez que chego na região do Guamá(Santa Luzia, Ourém, Capitão Poço, Capanema, Garrafão, Piriá) e impossível não lembrar a história de Quintino. Os jornais na época davamnotícias diáriasm das atividades dele na região e a caça que a polícia fazia para encontrar com ele.

Ficam aqui um trecho de sua história que encontramos no Jornal Estado de São Paulo, em 19.12.2010.

O gatilheiro Quintino foi o homem mais idolatrado da história recente do Guamá, território encravado no nordeste paraense de 28 mil quilômetros quadrados, do tamanho de Alagoas, que apresenta os piores índices de desenvolvimento humano da Amazônia. O fuso histórico aqui é o mesmo da época do gatilheiro. E o tempo de Quintino, que também se apresentava como Armando Oliveira da Silva, está próximo do período de barbárie da repressão aos cabanos, entre 1835 e 1840.

A morte do gatilheiro produziu imagens de realismo mágico. Ao final dos combates, em vez de comemorar a vitória e a expulsão da Cidapar - a empresa de mineração que queria desalojar os agricultores que ali viviam -, uma multidão de posseiros foi para o cemitério de Capanema, a 147 quilômetros de Belém, para retirar e dar uma nova sepultura ao corpo de Quintino, enterrado às pressas pela polícia três dias antes. O caixão comprado pela polícia foi trocado por um modelo até mais simples e o cadáver, levado nos braços para ser festejado nos povoados da mata. As cenas ocorreram há apenas 25 anos. No Guamá, ainda hoje, o tempo é da luz de vela e da lei do mais forte.

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