quinta-feira, 24 de março de 2011

PENSEI QUE NÃO VOLTARIA A ESTRADA DE CHÃO

Quando ingressei no Banco do Brasil, no ano de 1983, tive que viajar para Xinguara(PA), onde tomaria posse, sendo que a viagem se deu por Araguaina(TO), na época Goiás. No Trecho de Araguaína até Xinguara, via Araguia, a viagem tinha um trecho de aproximadamente 190(cento e noventa) kms de estrada de chão, passando por fazendas, tendo que abrir porteiras, interessante, nunca tinha presenciado. Começava aí um período de lamentações, uma vez que por diversas vezes tive que me deslocar até Belém(PA) enfrentando estrada de chão, via Araguína, ou através de Marabá, sendo que por Marabá o trecho era bem maior, pois tinha que enfrentar 140km de estrada de chão até Eldorado de Carajás e daí até Marabá no asfalto, porém, de Marabá até Dom Elizeu, via Rondon do Pará, vinha mais 220 km de estrada de chão. Que sufoco! Dormi em atoleiro, passando uma noite toda, desde as 19hs até as 08 hs do dia seguinte.

Depois de certo tempo fui residir em Marabá, trabalhando como advogado do Banco do Brasil, porém, tinha que viajar para as cidades que ficavam na jurisdição do serviço jurídico do banco em Marabá(PA). Vários trechos de estrada de chão, alias, todos, como Marabá/Xinguara; Xinguará/São Félix do Xingu; Marabá/Tucuruí, entre outros. Além da viagem Marabá/Belém pela PA-070, hoje BR-222 e pela PA-150, no trecho de 450km, todo em estrada de chão. Neste trecho sofri acidente em 1986, quando o carro em que eu dirigia capotou próximo a Goianésia e outro de um colega do banco que em estrada de lama, bateu na traseira de um caminhão, sem muitas consequências. só avarias no veículo.

Quando ainda trabalhava no Banco chequei em Belém, tendo que me deslocar para cidades próximas e em muitas oportunidades viajei em estrada de chão. Eram trechos menores, mas de chão, como exemplo Belém/Ourém(40km); Belém/Acará/Tomé-Açu(50km).

Tempos depois fui para Santarém, viajando sempre, com trechos de chão, como Santarém/Altamira, passando por Ruropólis, Placas, Uruará, Medicilândia, Brasil Novo, trecho de aproximadamente 500km, quase todo em estrada de chão. Tinha ainda o trecho Almerim/Monte Dourado, também em estrrada de chão. Apesar do Perigo, uma bela paissagem.

Depois de muito tempo, estive no dia 22 e 23 de março do corrente ano no Maranhão, nas cidades de Maracumé, Vitorino Freire, Canto do Guilherme, sendo que do trecho da BR-316, próximo a Presidente Medíce até Canto do Guilherme, naquele Estado, enfrentei com o meu amigo Tona 35km de estrada de chão e lama, quando o carro atolou. Começa tudo de novo, desce do carro, empurra carro, lá vem outros carro, desce todo mundo, empurra, amarra corda, puxa, saiu. Todo mundo a sorrir. Vamos embora. Atolamos antes em Vitorino Frreire, dentro da Cidade e a noite próximo a Maracumé.

Então, o filme voltou, eu que pensei nunca mais enfretar estrada de chão, depois de aproximadamente 20(vinte) anos, volto a cena, mais, tudo transcorreu bem, estou aqui, espero não enfrentar novas estradas de chão e atoleiros, porque incomoda e deixa a gente cheio de lama, barro, etc..

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